A Frente Parlamentar Mista do Ambiente de Negócios (FPN) realizou, nesta quarta-feira, uma reunião-almoço em Brasília que reuniu parlamentares, representantes do setor produtivo e lideranças institucionais para discutir os desafios do ambiente de negócios no Brasil e reforçar a articulação política em torno de pautas econômicas estratégicas.

Na abertura do encontro, o vice-presidente de Relações Governamentais do Instituto Unidos Brasil (IUB), Disraelli Galvão, destacou o fortalecimento institucional da Frente e o crescimento do Instituto, com a chegada de novas entidades interessadas em participar do debate. Segundo ele, a FPN contará com vice-presidências temáticas para atender demandas específicas do setor produtivo.

“Teremos vice-presidências em áreas como tributos, energia, saúde, economia circular e cadeias produtivas estratégicas, atendendo a uma orientação do ministro Mendonça, que entende a importância de termos parlamentares diretamente envolvidos nessas agendas”, explicou. Galvão também agradeceu o apoio da Confederação Nacional do Comércio (CNC) à iniciativa.

Presidente da FPN, o deputado federal Mendonça Filho ressaltou a complexidade do atual cenário econômico e a importância da Frente como espaço legítimo de articulação política. “Agradeço a todos que estão nesse desafio, que é lidar com a dinâmica do ambiente de negócios no Brasil”, afirmou. Para o parlamentar, o crescimento econômico do país enfrenta limites estruturais relacionados à capacidade do Estado. “Infelizmente, a capacidade de crescimento é limitada quando se olha historicamente para a capacidade do Estado brasileiro. Esse espaço aqui pode se tornar um braço de pressão política legítima”, avaliou.

Mendonça Filho também destacou a diversidade de atores reunidos no encontro. “Eu sei que aqui tem pessoas, entidades e empresas que vivem, na prática, os desafios do ambiente de negócios”, disse. Ao comentar o debate político recente, o deputado mencionou a sessão plenária ocorrida no dia anterior. “A sessão de ontem mostrou um processo sendo apresentado, corrigido e debatido de forma transparente, acima da mesa”, afirmou.

Representando o setor de comércio e serviços, o diretor-executivo da ABVTEX, Edmundo Lima, chamou atenção para os impactos da informalidade e da concorrência desleal, especialmente no setor de moda. “Só no setor de moda, a informalidade é um dos principais problemas enfrentados pelas empresas”, afirmou. Segundo ele, o tema da concorrência desleal precisa permanecer no centro do debate institucional. “Temos que continuar defendendo o comércio nacional e criar condições mais equilibradas para quem produz e gera empregos no país”, concluiu.

A FPN seguirá promovendo reuniões-almoço e outros encontros institucionais ao longo do próximo ano, com o objetivo de aprofundar o debate sobre temas centrais da economia brasileira e fortalecer o diálogo entre o setor produtivo e o Congresso Nacional.